Meu querido diário...

A história de hoje é...

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Uma noite dessas...


Nos tempos de faculdade conheci um cara lindo "Marcelo".
Posso assegurar que ele se encaixava entre os homens mais bonitos da cidade (não só para mim). Alto, moreno, musculoso... e o pior de tudo era que ele sabia que era gostoso de mais (PS: no blog ha uma história dele, o cara do telefone... que ficou falando mau de Juliano e Juliano estava ouvindo- http://fatalmenteloira.blogspot.com/2008/10/uma-pgina.html)
Geralmente meus relacionamentos envolvem coração, sentimento, mas neste caso afirmo que era tesão.
Quando eu o conheci, ele era casado e tinha dois filhos. Ele entrava na sala de aula e nem olhava para os lados, deixando a classe de boca aberta.
De uma hora para outra estourou a história: ele deixou a esposa por uma colega nossa.
A menina era linda... morena, olhos verdes... corpo escultural... nenhuma gordura... nenhuma celulite... nada. Todavia, para compensar tanta perfeição, tinha um gênio de cão: ciumenta, barraqueira, estressada, mas ainda assim linda!
Com o passar dos anos por causa das divisões da faculdade em cadeiras , eu e Marcelo continuamos colegas mas Lucia (a namorada) ficou para trás.
Nós nos tornamos amigos inseparáveis. Andávamos sempre juntos, e o pessoal começou a dizer que Marcelo estava a fim de mim!
Nunca acreditei que isso pudesse acontecer, a final as mulheres faziam fila aos pés dele e a namorada era maravilhosa.
Uma noite ficamos de tomar chimarrão na aula, nosso colega ia levar o mate mas faltou.
Marcelo então (prestativo e atencioso) me convidou para irmos fazer um chimarrão. Concordei, sem malícias.
Caminhamos conversamos pela rua, descontraídos, e chegamos até o apartamento dele, ele morava a uma quadra da faculdade.
Entramos e ele foi colocar a água para esquentar. Fiquei na porta, entre a sala e a cozinha falando feito uma matraca.
Marcelo de uma hora para outra desligou a água e chegou bem perto de mim... Apoiando seus braços na parede me deixou presa entre eles.
Nem sei o que senti na hora... apesar de não ter nenhum sentimento belo por ele, minha vontade era beijá-lo.
A situação era inesperada e me deixou sem ação. A sensação que eu tive foi de ter voltado a ser adolescente. Eu não tinha idéia do que fazer... o que dizer.
Bem... lá estava eu, a poucos centímetros da boca maravilhosa daquele Deus Grego e entre culpas e medos acabei cedendo aquele beijo.
O corpo dele era sensacional, ele mais parecia um armário... os braços... as coxas... e o olhar de “deixa que eu sei o que estou fazendo”

Faz-se necessário uma diferenciação básica: Diferenças entre amor, paixão e tesão.

Amor = Sentimento forte e sincero que pode durar para sempre. Aqui um olhar basta. Queremos o bem da pessoa, sua felicidade. Aqui olhos falam mais que tudo. É uma sensação de felicidade só em saber que uma outra pessoa está feliz, é perdoar sem pedir nada em troca, se dar em prol de alguém sem medir esforços, é suar frio quando está ao lado da outra pessoa. Posso citar meu sentimento por PEDRO.


Paixão = Estado de loucura temporário, um fogo que logo se apaga, ou então vira amor. Aqui as coisas são intensas e o ódio caminha por diversas vezes muito próximo. Acontece por acaso, tem uma essência muito forte porém não é duradoura, vive-se intensamente mas somente no momento que estão juntos passou disso a vida continua. Encaixa-se aqui minha história com o JULIANO.


Tesão = É desejar um outro alguém, querer insaciavelmente ter um momento de prazer com determinada pessoa, é o calor de um momento.Atração física, nada mais do que isso. Com certeza MARCELO se encaixava aqui.

Voltando a história... Eu sabia o que ele queria, e eu queria também... meu tesão foi as alturas, mas cedi a vontade de transar com ele ali mesmo.
Hoje quando eu penso na oportunidade perdida... bem... faz parte.
Depois de algum tempo, fizemos nosso chimarrão e voltamos para a faculdade com a maior cara de pau... eu sentia o perfume dele em mim e na minha cabeça todo mundo ia sentir.
Quando chegamos à aula todos nos olharam, olhares curiosos e maliciosos. No intervalo eu sai com as garotas e todas queriam saber onde estávamos. Claro que não disse que tinha ficado com ele... mas também não desmenti né... a final era um sonho coletivo!
Bem... depois disso a gente ficou mais duas vezes e ele me propôs terminar com Lucia e engatarmos um namoro. Não aceitei.

Motivos:
1º - Eu não o amava, e sabia que a Lucia gostava muito dele.
2º- Eu não confiava nele.
3º - Eu sou muito ciumenta e não agüentaria as cantadas que ele recebia todo dia.
4º - Achava ele meio inconstante de mais.


Nos tornamos muito amigos e até fiz várias confidencias a ele, que me ouvia e aconselhava muito... imparcialmente.
Bem... hoje em dia perdemos o contato. Ele foi fazer o curso da magistratura na capital... me ligou algumas vezes e por fim a gente se afastou.
Ficou apenas a história e um grande carinho!
Marcelo alem de lindo era muito especial!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Proibido beber!


Detesto bebida alcoólica, mas na minha adolescência a coisa não era bem assim. Tive um caso amoroso com a bebida. Calma... Não fui alcoólatra... Vou explicar.
Por volta dos doze anos sofri de crises convulsivas.
Digamos que eu considere estas crises um marco em minha vida: divido-a em antes e depois das convulsões.
Fui uma criança retraída e depois deste episódio lamentável passei por um período de "dependência química".
Não... Nunca me droguei propriamente, mas, por causa da doença precisei utilizar, por anos, medicamentos fortes que causavam dependência no organismo e por causa dele, fui terminantemente proibida de ingerir bebida alcoólica.
Não preciso dizer que a curiosidade juvenil fez nascer em mim o amor platônico pela bebida.
Existem dois episódios engraçados relacionados a isso. Vejamos os dois:

1º - Cerveja estragada?????

Pedro vivia me controlando (assim como todos ao meu redor) para eu não beber.
Um dia, estávamos cozinhando na garagem e eu peguei uma garrafa de cerveja abri e literalmente "empinei a garrafa".
Após sorver quase todo o líquido da garrafa olhei para Pedro ( que estava com a cara mais amarrada que já vi e disse:

_ Nossa... Deliciosa!!!

Pedro pegou a garrafa olhou... Provou ... E começou a rir sem parar...

A TAMPA ESTAVA TOTALMENTE ENFERRUJADA, DEIXANDO UM SABOR DE FERRUGEM NA CERVEJA, ALÉM É CLARO DO DETALHE SEM IMPORTANCIA DELA ESTAR TOTALMENTE QUENTE !


2º Vinho com água?

Fomos a uma festa na casa de um amigo nosso.
Todos bebiam vinho... Eu amava vinho!
Minha mãe falou que só deixaria eu ir na tal festa se meu amigo se responsabilizasse por mim, prometendo que não me deixaria beber um gole se quer.
Fui à festa e encasquetei que queria beber. Meu amigo... Surtando não queria deixar de jeito nenhum.
Vendo que eu estava irredutível, e achando que eu não estava percebendo nada, ele mandou colocarem meio copo de vinho e completá-lo com água.
Então ele me disse:
Ok... Se tu quer beber... Pode beber... Ta aqui!
Fazendo-me de arrependida... disse que eu não queria mais.
O primo dele então, sem saber de nada pegou meu copo (com água) e bebeu. Eu, só para sacanear peguei outro copo e resolvi acompanhá-lo...




Bem o resultado não foi nada bom, passei muito mal naquele dia e precisei tomar até banho para me recuperar...
Não sei por que eu fazia aquilo. Talvez quisesse chamar a atenção, ou talvez apenas quisesse ser igual aos meus amigos, que podiam beber o quanto quisessem e não precisavam colocar despertador para não esquecer nenhum remédio com medo de ter um "tréco".
A super proteção que eu tive naquela época e que perdurou por anos me sufocava. Meus pais, meu irmão de pouco mais de um ano, que mal sabendo falar ficava atrás de mim perguntando se eu estava bem (ele viu a cena da convulsão!) meu namorado, meus amigos, em fim TODOS me cercando de cuidados excessivos!!!!
Eu não queria aquilo. Eu queria ser igual, queria poder beber ate cair e levar sermão por isso... e não por poder ter morrido!!!
Hoje vejo que todos queriam o meu bem, mas na adolescência é difícil sentir-se diferente... no fundo apenas queremos ser iguais!!!


PS: Hoje posso beber a vontade, mas detesto bebida alcoólica... vai entender!!!!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

"Leia para mim que eu voltarei para você"

Vocês já assistiram o filme "Diário de uma paixão"?
Quando criei o Blog eu ainda não tinha visto ele... mas depois que se vê o filme aparecem muitos pontos em comum entre as histórias.

O filme conta uma história de amor que venceu o tempo.
Me identifiquei muito com a personagem e com a história... achei que Pedro possuia muito de Noah, sua atitude seu otimismo, sua paixão... Sim, paixão, porque apesar te tudo que ocorreu, Pedro foi o namorado mais romântico que tive... o tipo de cara que esta sempre impressionando...

Uma vez uma tia dele me disse que na familia dele o chamavam de "o apaixonado"
Diferente de mim, que sempre tive vergonha de demonstrar meus sentimentos... Pedro transpirava amor... demonstrava a todo momento com bilhetes, cartas, cartões, flores, ursos...recados na rádio local...
Hoje percebo que não fui uma namorada assim tão boa... contribui muito para tudo que ocorreu...
O casal brigava muito... mas se amava muito também (assim como eu e Pedro - viviamos entre "tapas e beijos"). Era um amor puro, verdadeiro, que perdurou por anos. Ela ficou noiva de outro ... marcou casamento... e teve que decidir entre os dois.
Este ponto do filme eu vivi. Fiquei noiva. Pedro reapareceu de uma forma mágica em minha vida... e eu precisei fazer minha escolha.
Terminei meu noivado para ficar com meu primeiro amor... assim como no filme... só que diferente da Allie do filme eu tive medo e acabei desistindo de viver aquele amor.
Talvez porque meu Noah não me passou a segurança que o Noah do filme passou a Allie... talvez por pura covardia... sei lá...
Assistindo ao filme minha mente voou... e eu fiquei imaginando como séria se eu não tivesse desistido de viver aquela história por medo do futuro... sera que seria como a de Allie e Noah? Sera que ficariamos velhinhos juntos?
Bem... quem vai saber né...
Na capa do diário que Noah lê incansavelmente para Allie ha uma dedicatória feita por ela para ele...

"Leia para mim que eu voltarei para você"

Bem... Cada vez que leio este blog volto um pouco para Pedro... para a nossa história, o nosso tempo... o nosso amor!
Volto para a risada debochada que ele tinha e para seu olhar doce... volto para o beijo que nunca mais eu tive igual... aquele beijo que não deixa espaço para as palavras... aquele beijo em que as bocas se encaixam com perfeição.
"Leia para mim que eu voltarei para você"


A descoberta!

Subimos no carro.
A vontade que eu tinha era de estar bem perto...
Ele estava ali... ao alcance de minhas mãos... tão quente e perfumado... eu podia sentir o cheiro do seu hálito doce.
Minha respiração acelerada era controlada pelo medo... medo que alguém percebesse o meu desejo descontrolado de tocá-lo.
Dezembro... final da nossa temporada de praia. Voltavamos para casa.
Final de tarde... Para nossa felicidade a temperatura caiu um pouco e nós nos cobrimos de cobertor.
Meu pai dirigia atento, minha mãe tomava chimarão e meu irmão dormia ao meu lado...
De repente senti sua mão em minha coxa... quente... tremula... nervosa... tranquei a respiração... era a primeira vez que isso acontecia... nunca havia ocorrido entre nós nenhum contato mais íntimo.
Tomei coragem e também toquei nele... coloquei minha mão dentro de sua bermuda... senti sua pele... sua temperatura quente...
Tudo aquilo era estranho de mais... eu queria beija-lo...abraça-lo... me entregar ao nosso amor...
Eu não entendia o que aquilo significava... na época ainda não tinha noção do que era "tesão ... desejo" mas era isso que eu estava sentindo.
A gente não se olhava... os olhos estavam fixos nas paisagens por tras da janela. A decoração de natal era linda... mas a gente nem percebia.
Foi ai que meu pai teve a brilhante idéia de mandar Pedro descer do carro e bater algumas fotografias.
Eu não sabia se ria ou se chorava... Pedro ficou azul...verde... roxo... puxou a camiseta para baixo o máximo que deu... mal conseguia ficar de pé... coitado!
Na hora eu não ri... mas hoje vejo o quanto foi engraçado. Bem... nenhuma foto saiu... mas aquele dia ficou marcado para sempre em mim.
Lembro de tudo que senti... do formigamento, das borboletas no estômago... da vontade... lembro do Pedro sem graça... e da vergonha que senti depois...
Momentos bons... tempos bons!!!!

Que saudade de você!



segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Uma saudade...

Eu estava em casa. O telefone tocou. Era dona Mara, mãe de Pedro avisando que o pai dele, Carlos, havia falecido.
A sensação que tive era que o chão havia sumido.
Eramos muito amigos... ele era engraçado... sempre que tinha oportunidade dizia que Pedro era burro por ter terminado comigo (tadinho...queria agradar)
Apesar do namoro não ter dado certo, as familias construiram uma amizade imensa.
Ele nunca deixou de nos visitar, as vezes, iamos passar o domingo juntos em algum lugar... eu adorava ele, e acho que o sentimento era reciproco.
Pedro sempre foi mais ligado com a mãe... mas eu sabia o quanto ele amava aquele pai. Sabia o quanto ele ia sofrer com aquilo, mas eu não podia fazer nada.
Na época eu estava namorando.
Fui ao velório com minha mãe. Quando cheguei lá abracei Paulo, irmão de Pedro e e dona Mara... olhei ao redor e não vi Pedro.
Sai para a rua e vi ele sentado em frente ao cemitério com os primos. Fui até ele.
Quando eu abracei ele e senti seu coração batendo tive a certeza de que deveria terminar o namoro. Eu precisava dele e ele de mim...
Bem... na verdade ele não precisava tanto assim. Ele também estava namorando... uma moça linda!
Ela havia saido, mas pouco depois chegou para ocupar o seu lugar. Conversei com eles normalmente, mas não conseguia parar de pensar que de alguma forma eu ainda sentia algo por ele.
Sabe o que eu queria???? Poder abraça-lo, ficar apenas em silêncio ao seu lado... de mãos dadas... não havia o que falar... mas eu queria ser sentida na imensidão de minha dor... na imensidão do meu amor por ele... mas eu não podia.
Cheguei em casa e chorei muito. A menos de dois meses antes, eu passei o domindo na casa do seu Carlos... fizemos churrasco, rimos... fomos a praia... ele estava se sentindo mal e ia fazer alguns exames.
Dois meses depois ele não estava mais entre nos. Foi tudo muito rápido. FATAL. Essa doença maldita que leva as pessoas que a gente ama para longe... foi assim com minha avó...
Dois meses antes minha prima estava cuidando o Seu Carlos para eu mexiricar nas coisas do quarto do Pedro (eu queria roubar uma cueca, mas minha prima não deixou... disse que iam ver que foi eu... sera que iam dar falta mesmo???? era só uma... não era todas...)... e agora isso...
Lembro a ultima cena que guardo dele em minha cabeça. Eu estava tomando banho de sol... ele passou por mim com Paulo caminhando na beira da água... ele sorriu e me acenou... caminhou até o trapiche... parou lá no finzinho e ficou olhando a água...
Tenho convicção de que existe vida após a morte, que as coisas não acabam aqui... mas mesmo assim é triste perder alguem de quem se gosta muito.
Ele era uma figura de rara beleza. Simples, tranquilo.
Confesso que logo que eu o conheci ele me assustava um pouco... era sério... ficava sentado em frente ao aparelho de som escutando música clássica... absorvido pela música...
Bem... ai ele conheceu meu pai... e caiu na vida... aprendeu tudo que não prestava (no bom sentido).
Nós sempre riamos da calma dele... fala baixa, quase imperceptivel...minha familia agitada...pilhada querendo fazer tudo para ontem e ele devagar...quase parando... levando a vida com calma... como ele mesmo dizia: "Para que a pressa!?"
Hoje, quando penso nisso percebo o quão certo ele estava... Pressa para que????
Agora fica a saudade de uma pessoa muito especial. De uma época muito especial. Um amigo querido de quem não esqueço nunca em minhas orações.

Fica também a certeza do reencontro...


A Morte não é Nada - Santo Agostinho


"A morte não é nada. Eu somente passei para o outro lado do Caminho. Eu sou eu, vocês são vocês. O que eu era para vocês, eu continuarei sendo.Me dêem o nome que vocês sempre me deram, falem comigo como vocês sempre fizeram.Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas, eu estou vivendo no mundo do Criador. Não utilizem um tom solene ou triste, continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos. Rezem, sorriam, pensem em mim. Rezem por mim.Que meu nome seja pronunciado como sempre foi, sem ênfase de nenhum tipo.Sem nenhum traço de sombra ou tristeza. A vida significa tudo o que ela sempre significou, o fio não foi cortado. Porque eu estaria fora de seus pensamentos, agora que estou apenas fora de suas vistas? Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do Caminho...Você que aí ficou, siga em frente, a vida continua, linda e bela como sempre foi."

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

...



Hoje não tem história. Me alimento de passado. Começo a crer que estou totalmente desequilibrada... perdida... Minha alma tem tom escuro... tom de tristeza... sinto meu coração apreensivo... tento respirar fundo para tentar me acalmar... não consigo... Meu coração... se é que tenho... se é que ele ainda existe... sangra.
Eu só queria ser feliz... será que é pedir muito? Será que só eu não tenho este direito?
Me agarro a qualquer coisa... qualquer coisa que me faça sair da imensidão deste mar de lamentos. O mar é fundo... solidão!!!
Olho para os lados e não vejo ninguém... não ha ninguém por perto... só ha o escuro...só existe o vazio.
Grito...mas ninguém escuta... choro... lagrimas de dor.
As vezes tudo é tão complicado... tão negro... tão triste.
É tão difícil viver... Para que viver então? Para sofrer todos os dias???
Me remexo na cadeira... uma idéia fixa na cabeça. Novamente o medo.
O amanhã... existira um amanhã?Doze anos... isso é muito tempo... tempo demais para se viver com uma dor.
Não quero esta dor...eu odeio esta dor.
Preciso me livrar dela... tenho que fazer alguma coisa... GRITAR...
Estou morta em vida... morri sem ter o direito a um enterro... não fui velada... ninguém chorou minha morte... apenas eu.
Meu corpo foi a sepultura de minha alma... que apodreceu e esta putrefação me correi... dilacera meus sentidos...
Queria poder virar a pagina...mudar a música... reescrever a história... mudar o final.
Destino???? Odeio esta palavra... não... não ponha a culpa no destino...deve haver alguem a quem se possa reclamar a infelicidade...
Se houver... que se registre minhas queixas... chega... quero um minuto de paz.
Triste sina...Morrer em vida... viver sepultada na dor.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Estou com uma sensação de perda hoje... não sei o que é... mas estou com um aperto no meu coração que chega a doer!
Acho que alguma coisa vai acontecer...

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Li na internet... achei lindo... e tem tudo a ver com o blog... então como na vida "nada se cria... tudo se copia", ai esta:




"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu...Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal". Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é! Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és...E lembra-te:Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão!Saber apreender cada momento, eis a grande filosofia do existir..."
Bom dia!!!!

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Capitão Caverna e sua Caverninha!


Hoje vou falar do meu pai.
Minha vó comenta que quando ele era adolescente ele dizia:

_ Ainda bem que não tenho irmã...

Posso dizer que meu pai é: superprotetor, ciumento e machista. Ele não consegue cogitar que minha vó possa ter tido outros namorados antes de meu avó... e acha que não existe amizade entre homem e mulher.

Quando casaram, minha mãe teve que parar de trabalhar pois ele não admitia que "mulher dele" trabalhasse fora (tempo das cavernas)
Bem... lembro quando resolvi namorar.
Meu pai estava jantando... eu sentei em frente a ele (eu tinha 13 anos) e mandei sem pena:

_ Pai

_ O que?

_ Posso namorar?

Meu pai se engasgou... se minha mãe não estivesse perto eu tinha matado o coitado. Simplismente deixei ele em estado de choque!!! Quem respondeu, mais do que ligeiro, foi minha mãe:

_ Ele vai pensar... amanhã te da a resposta!

Minha mãe queria conversar com ele... ela abominava a idéia de me ver namorando na rua...eles já conheciam Pedro... ele morava perto de minha casa...já tinha ido lá algumas vezes...como amigo!!!

No outro dia me deram a resposta:

_ Pode... mas dentro de casa! Não pode sair sozinha... não pode namorar na rua... namorado buscar no colégio nem pensar!!!! Só pode aqui em casa. Não pode... Não pode... (...)

Nem lembro quantos "não pode" eu ouvi, mas nesta altura do campionato aquilo era lucro! Topei!
A decoração da sala foi toda trocada... meu pai fez minha mãe colocar o único sofá que dava para sentarmos juntos na reta do corredor... assim meu pai, da sala de janta (a cadeira dele ficava longe, mas de frente para o sofá) poderia supervisionar o namoro.
Muito constrangedor... não dava nem para dar uns beijinhos ...
Então os beijos ficavam para a hora da chegada e para a hora da saída ... no portão ... escondidinhos...
A gente ficava na sala escutando música e meu pai na sala de janta, supostamente olhando TV, mas aposto que ele não conseguia nem prestar atenção na programação... seu programa preferido era "tentar ouvir o que falavamos".
O Aparelho de som ficava do outro lado da sala... se a gente levantasse para trocar a música meu pai quase enloquecia... assobiava, tossia... etc... até a gente sentar diante de seus olhos zelosos novamente.
Pedro também tinha hora para ir embora. Quando meu pai queria se deitar, assobiava, e Pedro levantava e ia embora!(bem mandado hehehe)
Eu nunca beijava Pedro perto do meu pai.
A primeira vez que meu pai viu a gente se beijar foi no aniversário de dois anos de namoro (isso mesmo, vocês entenderam bem, não foi erro de digitação... dois anos!)

Meu pai nos deixou em um clube (eu, Pedro e minhas primas... Amanda e Sandra) e foi embora... nem acreditei... estavamos dançando... no maior "love" e meu pai voltou!

ACABOU A FESTA!!!!

_ Vamos embora agora!!!

Levei o maior sermão da minha vida. Meu pai disse que não podia confiar em mim, pois na primeira vez que me deixa sozinha em uma festa com Pedro eu fico de "agarramento" no meio do salão...
Meu Deus!!! Tinha sido um beijo... singelo... não era nenhum "desentupidor de pia" hehehe
Bem... tive que ouvir sermão por mais de um ano... esta história rendeu!!! Dá para acreditar que até hoje ele acha que estava com a razão naquela noite e que aquilo era "uma pouca vergonha"???
É... sei o que vocês estão pensando:
_ Pobre Pedro!!!
_ O pai dela era pré-histórico!!!

Ok... Vocês tem razão... mas posso dizer, sem sombra de dúvidas que apesar de meu pai ser de difícil trato em se tratando de meus namorados, ele é uma pessoa sem igual... crianção... amigo... chorão... tem um coração maior que o mundo!!!!
Deus não poderia ter me dado um pai melhor!!!

O Capitão Caverna do meu coração!!!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A tentativa


Em outra história do blog, comentei que fiquei com Junior no aniversário da Judi.
Junior era primo de Pedro... quando fiquei com ele não sabia deste detalhe.
Na época, acabei voltando com Pedro e ficou um climinha meio chato entre eu e o Junior.
Anos se passaram... três para ser mais exata... eu e Pedro terminamos novamente (penúltimo termino... antes do "gran finale")
Saí com alguns amigos e encontrei, por acaso Junior.
Junior era um cara muito legal, e além disso, muito bonito... nem preciso dizer que a gente acabou ficando...
O problema era que eu gostava de Pedro, nunca menti para Junior, ele sabia disso mas mesmo assim queria tentar um "namoro".
Resolvi arriscar.Eu não tinha nada a perder mesmo!
A gente saía todos os dias juntos, ele era divertido, tinha um bom papo, era carinhoso... mas faltava alguma coisa! AMOR!
Chegou o final de semana... combinamos de nos encontrar na rua principal da cidade a tardinha.
Logo depois do almoço eu acabei encontrando Pedro... a gente conversou e acabamos voltando a namorar.
Na hora não tive coragem de contar a ele que eu estava ficando com Junior.
Pedro então me convida para dar uma volta... olhei no relógio... estava quase na hora de encontrar Junior.
Sabe... eu não era apaixonada por ele, mas não queria que a história de três anos atrás se repetisse.
Tentei de todas as formas evitar passar na tal rua, eu precisava conversar com Junior antes.
Bem depois da hora combinada eu acabei passando pelo local... com Pedro... achei que Junior já havia desistido de esperar...ME ENGANEI!!!
Quando olhei para frente... JUNIOR!
Nossa... me senti muito mal... minha vontade era cavar um buraco no chão e sumir... tarde de mais...
Pedro abana para Junior que acena com a cabeça e me deixa pior ainda.
Fiquei triste por ter decepcionado Junior... ele sabia tudo que Pedro fazia comigo... me senti um pouco desmoralizada
Quando chegamos em casa contei para Pedro... que ficou digamos meio chateado comigo... mas no fundo percebi que ele bem que gostou de ganhar mais uma vez de Junior!