Meu querido diário...

A história de hoje é...

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Resposta


Hoje não vou postar nenhuma história.
Quero falar de um comentário postado no blog ontem por Pedro.
Segue abaixo o comentário e depois dele, minha resposta a ele:

"PEDRO disse: Srs. Anônimos. Se eu, assim como vcs, achasse essa história na internet, contada com sentimento fazendo com que nossa imaginação encene o fato na nossa mente e a autora fosse uma pessoa que cative quem está lendo certamente eu teria a mesma reação que vcs. Ficaria indignado com o imbecil que fez tudo isso com ela, e também ficaria encantado e louco para conhecer ela assim como vcs agora! o fato é que quem nunca aprontou quando adolescente?! Quem nunca traiu uma namorada?! Quem que durante a fase em que estamos deixando de ser simplesmente mais um para sermos alguém que se importa com sentimentos alheios. Se vcs são homens sabem o que estou falando... Falo daquele sentimento de liberdade... Da sensação ótima que se tem ao ficar com mais e mais mulheres lindas... De realizar experiências que até então só se ouvia falar e imaginava-se. Pensem como eu por um instante. Para ser mais específico vou tentar me descrever: Eu era um adolescente de 14 anos na época em que conheci Fernanda, estudava em colégio municipal (ela em particular muito conceituado na cidade até hoje), era de uma classe baixa (ela de classe média alta), morava em uma casa simples, dividia o quarto com meu irmão (ela em uma casa que para mim era quase uma mansão, tinha seu próprio quarto todo enfeitado com ursinhos e até TV tinha, o irmão dela com 3 anos na época já tinha quarto próprio) Ela ganhou de aniversário uma moto do pai, eu nem sequer um parabéns. Não estou dizendo também que era infeliz, muito pelo contrário, era muito feliz na minha simplicidade mas as diferenças eram assustadoras para um garoto como eu. E o pai dela fazia questão de jogar na minha cara através de piadinhas nossa diferenças econômicas. Isso doía muito. Tem um acontecimento que me marcou muito que lembro como se tivesse acontecido ontem. Era minha formatura do 1º grau, após muito choro os pais dela a liberaram para ir na formatura simples do meu colégio, após fomos jantar na minha casa. Na primeira oportunidade o pai dela em vez de me parabenizar pela formatura debochou do que tínhamos jantado, disse: " Aposto que era galinha com farofa, pobre adora!" Adivinhem qual era o cardápio? Exatamente! Galinha com farofa feita pela minha mãe (ótima diga-se de passagem) Imaginem a minha cara naquele momento. Fiquei abaixo da sujeira nos calçados da Fernanda. Por isso, caros anônimos, não sejam tão odiosos em seus comentários porque além de eles serem de uma veracidade impressionante eles contam só um lado da história... O lado de uma menina muito repreendida pelos pais, em tempos bem mais difíceis do que hoje em dia... Abraço e continuem lendo o BLOG..."

Bem... Confesso que o comentário me deixou muito triste, da para dizer até que em estado de choque.

Minha reposta:

Pedro:

O que falar deste comentário? O fato de eu morar em uma casa melhor ou ganhar uma moto de aniversário não me fazia melhor que ninguém... e eu nunca tentei passar isso.
Sempre acreditei no valor das pessoas e escolhi conviver com pessoas que de alguma maneira eram especiais para mim... pelo que eram e não pelo que tinham.
Apesar da infância e adolescência glamorosa, eu sentia uma solidão imensa... tinha um tremendo complexo de inferioridade.
Tanto é assim que às vezes, ainda hoje, quando reencontro alguém daquela época temo em cumprimentam achando que a pessoa jamais se lembraria de mim... Uma pessoa tão “insignificante”.
Tudo que eu mais queria na época era freqüentar os lugares que a turma freqüentava... Poder voltar a pé depois de uma festa... Ir a todas as formaturas possíveis... Viver... Mas eu não podia. Apesar de possuir tudo que queria materialmente, eu sim, não era feliz!
Constantemente eu era julgada e condenada por ter “um pouco mais de grana”.
Minha mãe e meu pai viviam em pé de guerra... sempre a ponto de se separarem... Eu vivia em uma redoma de vidro... Para meus pais ninguém era suficientemente bom para mim... E aquilo doía mais em mim do que em qualquer pessoa.
Então te conheci. Começamos a namorar sob marcação cerrada.
Entreguei-me com tudo, me atirei de cabeça... E foi ai que eu errei.
Eu queria ser como tu eras... Popular... Cheio de amigos... O “centro das atenções”
Mais do que ninguém você sabe que nunca guardei nenhuma magoa... Nunca te julguei... Tanto isso é verdade que depois de mais de dez anos do termino do namoro resolvi tentar mais uma vez... dei a cara a bater pois era o que meu coração pedia.
Sempre disse e digo... Eu te entendo!!! Entendo tudo que aconteceu.
Sei que adolescente é assim... Hormônios a flor da pele... E tinha mais a turma de amigos que, diga-se de passagem, botavam à maior “pilha”.
Quando li teu comentário fiquei triste pela visão que você teve da relação... Pela visão que tens do que eu era. Doeu.
Tudo isso que você escreveu pelo menos para mim, nunca interferiu em nada no nosso namoro.
Eu sempre me senti melhor na tua casa do que na minha... Tua família para mim sempre foi um exemplo... Grandes amigos que guardo até hoje no meu coração.
O carinho e a dedicação da tua mãe... acordando cedinho para fazer panqueca no café da manhã... o teu carinho com ela...
Para mim não existiam diferenças.
Eu me apaixonei por ti pelo que tu eras... Tinha orgulho do teu jeito batalhador... desde antes da gente começar a namorar já trabalhava com o pai. Lembro até hoje um dia que eu reclamei que você trabalhava de mais e você me disse:

_ O que tu querias.. Que eu andasse nas esquinas que nem os outros guris? Tu tinhas que ter orgulho de mim.

Você só tinha 15 anos...

Eu tinha orgulho de ti sim... e, apesar de não estarmos mais juntos, tenho orgulho do que te tornastes: UM VENCEDOR!

Sobre as coisas que meu pai falava... Tu mais do que ninguém conheces ele e tenho absoluta certeza que sabes que é o jeito dele... Que ele nunca falaria isso para te magoar ou por para baixo... Eram brincadeiras... Que ele faz até hoje com quem ele considera “amigo”!!! E isso tu sabes que és pra ele... Um amigo!

Lembro da tua formatura... Foi linda! E a galinha com farofa a melhor que eu comi (como tudo que tua mãe fazia e faz).
Sabe, no inicio da minha resposta eu coloquei que estava em estado de choque!!!
Por que nunca me disseste como tu te sentias? Sempre acreditei que a conversa era o forte da nossa relação... Achei que entre nós não havia este tipo de coisa.
Sempre disse e digo que foste à pessoa que eu mais tive afinidade... Um namorado que, acima de tudo era um amigo... Um ombro que eu despejava minhas magoas e frustrações.

Tu não tinhas motivo para te sentir assim. Pelo menos eu acho que nunca dei motivos para isso... eu só te dei o meu amor... o melhor que tinha em mim...Te dei meu coração como nunca mais dei a ninguém... (a gente já conversou sobre isso...)

Nada do que tu escreveste justifica o que aconteceu... Fico pensando... Será que de alguma forma quisestes me punir por te sentires (sem motivos) de alguma forma inferior???? Se foi isso... conseguiu... e após este comentário... mais ainda...

PS: depois te mando a conta do meu psicólogo ...

4 comentários:

Anônimo disse...

Fernada... Tá tudo errado... Vc não entendeu o que eu queria dizer... Esse sentimento foi no começo, digamos que nos primeiros dois anos no máximo. Após eu conheci mesmo vc, tua família, teu pai, e descobri a pessoa que ele realmente era. Prova é que já comentei sobre ele aqui nesse mesmo blog. Eu me remeti lá para 1992, 1993, em como eu me senti naquela época. Só comentei para poder contar a história do começo, bem do comecinho mesmo. Mas deu tudo errado. Essa não é a visão que eu tive da relação de jeito nenhum. A visão que hoje eu tenho da nossa relação é de que foi tudo ótimo, quase perfeito, eu te amei muito, muito mesmo, mais do que ninguém até hoje em minha vida... E ainda te amo, sempre vou te amar, afinal somos eternos namorados, lembra? Temos um pacto de sangue para sempre... Nunca mais encontrei alguém como vc, sempre lembro do orgulho que vc tinha de mim e fazia de tudo par vc ter mais orgulho ainda... Tudo o que eu fazia é pensando: " Ela vai ficar muito orgulhosa disso..." Tudo mesmo... Desde uma simples prova no colégio até um trabalho mais complexo... A conversa realmente era nosso forte, até hoje. Nunca falei nada a respeito até porque na época desses fatos eu nem pensava realmente sobre isso, por isso não tinha nem o porque comentar, só hoje percebo o porque de certas coisas. Como, por exemplo, a questão do sexo, na verdade eu tinha medo de fazer alguma coisa contigo e teu pai descobrir! Tu imagina o que aconteceria? Tu lembra melhor que eu o jeito que ele era. Nunca sequer pensei em te punir por isso, e quem está agora magoado por isso sou eu, não pensei que um dia tu pudesse levantar essa hipótese, de que tudo o que aconteceu foi por... "vingança"... Tu me conhece... Nunca faria isso, sinceramente não sei porque tu tocou nesse tipo de assunto... Não estou mais achando graça nesse Blog... Está muito injusto... Não vou comentar mais nada... Também não vou mais ler... Essa é minha despedida... Podem seguir metendo o pau a vontade...

Anônimo disse...

PUTZ
AGORA LASCO TUDO.
SEI COMO É ISSO.SO NÃO ENTENDI UMA COISA,SE ELE AMOU E AMA TANTO ASSIM VOCÊ PORQUE NÃO FICARAM JUNTOS?TÃO ESPERANDO O Q?SE ENCONTRA NOTRA VIDA?SÓ SI VIVE UMA VEZ.SE VOCÊS SE AMAM TEM MAIS É QUE FICAR JUNTO.
RETIRO Q Q FALEI SOBRE O CARA.
VAMU MANERA GALERA.
ABRAÇO

Anônimo disse...

Boa Tarde a todos!
Bem, agora ficou dificel falar algo. Não sou melhor que ninguem para julgar, só queria lembrar a você Pedro, que vc fazendo parte das histórias só chegou ao blog porque a Nanda te contou pessoalmente sobre ele, certo? então isso quer dizer q ela nunca quis contar algo para te prejucar, e sim contar histórias que realmente ficou marcado na vida dela. Lendo o comentário de ontem sem ler esses dois hoje dá para ter uma outra idéia do que realmente vc sentiu, acho q por isso ela fez o comentário d hoje. Mas depois de lêr os três comentários já dá para pensar diferente e até dizer que vc colocou aquilo para c defendor do que nós (anônimos) estavamos colocando a seu respeito, bem, da minha parte gostaria de pedir desculapas, para vc e para nanda, até mesmo porque não nos conhecemos mas vcs dois sim, e o que estava em ritmo de brincadeira acabacou ficando um clima chato entre vcs. Vou torcer para vcs c falarem pessoalmente e seguirem amigos e deixar d lado o que foi dito aqui, com já falei, acho q isso tudo foi dito com as palvras erradas na intenção d fazer sua própia defesa.
Um abraço a todos EUQ.

Anônimo disse...

Caros anônimos. Muito obrigado pela compreensão e realmente o intensão do BLOG meio que perdeu a direção... Peço desculpas também... Fernanda... Continue com suas histórias e se eu estiver envolvido nelas vou tentar adicionar mais alguma informação que eu lembre. Srºs leitores, não deixem de continuar a lerem o BLOG e indiquem a seus amigos e conhecidos também... Toda troca de conhecimento e informação é muito útil para todos independente do conteúdo. Abraço a todos...